sábado, 9 de novembro de 2013

Banhos e Companhia (da boa!)

Pensavam que eu me tinha esquecido? Mas vocês acham que eu me esqueço duma história destas? Uma pessoa quando toma banho acompanhada nunca mais esquece. A não ser que bata com a cabeça, ou apanhe um choque muito grande, ou... Bom. Então banhos não é? Vamos ver se consigo exprimir em palavras os momentos que passei nesta aventura cheia de emoções e acontecimentos.

Uma vez, fui à caça mais o meu primo Zé Carlos, foi ou nã-... Não, não é isso. Uma vez, estava a tomar banho. Não era bem um banho, era um duche. Chuveiro na parede, água a cair nas costas. Tudo estava bem. Reparem que aqui ainda estou sozinho, mas rapidamente deixei de estar. Já lá vamos. Eu estava a pegar no champô, como uma pessoa normal faz. Agora que penso nisso, como é que uma pessoa anormal faz? Pega no champô a fazer o pino? Não tenho nada contra pessoas que façam o pino e usem champô atenção! Alguém anormal quer tomar banho comigo para eu ver? Não? Ok. Mas voltemos ao que interessa. Eu estou muito bem a preparar-me para aplicar todo o champô que tenho na mão neste meu lindo cabelo encaracolado, sedoso e cheio de brilho que parece um pompom duma cheerleader depois de passar debaixo duma chuva de purpurin- é tudo mentira. Tirando a parte do encaracolado, isso é verdade. QUANDO de repente aparece uma companhia na banheira. E vocês aqui já estão a pensar: "Olha-me este agora vem para aqui vangloriar-se que teve alguém no banho que lhe lavasse as costas. Porco!", não sejam perversos! Não é nada disso, seus mentes sujas! Tive companhia sim senhor, mas era de um animal não racional. Era, não sei se vocês conseguem imaginar bem a dimensão do problema, nada mais nada menos que uma centopeia. Vocês dizem: "Oh, uma centopeia. Que mariquinhas!", sim sim! Tomem vocês banho com uma então! Ok, não era assim tão grande, mas não é propriamente a companhia ideal durante um banho, uma altura do dia em que estamos tão desprevenidos, tão sensíveis, tão frágeis, um momento só nosso que neste caso foi invadido por uma criatura de MILHÕES de patas e que se apoderou da nossa banheira! Mas bem, tratei de afogar a bicha, mandei-a pelo cano abaixo e segui com a vida.

E pronto, a história acabava aqui e vocês tinham perdido vários minutos da vossa vida a ler esta estupidez sem piada nenhuma. Mas a história não acaba aqui, pois estava eu a preparar-me para sair da banheira quando aparece o quê? Uma centopeia. Sim, OUTRA centopeia! Ainda maior que a outra! Não, vocês não percebem... Eu temi pela vida! Porquê, meu Deus, porquê? Que mal fiz eu para ter de sofrer assim? Aquilo não era uma centopeia normal, aquilo era o diabo em forma de artrópode! (Só para me armar em bom!) Agora que penso bem, era capaz de ter uns 5 metros. Não, minto. Eram 7 ou 8. E eu nu. Eu todo nu. E uma centopeia. No banho. Se estava viesse mais cedo, tinha feito uma rambóia com a outra. Ah, uma orgia de centopeias. O sonho de qualquer pessoa quando quer relaxar enquanto toma o seu banhinho. Água a correr e lá se vai a centopeia. Bonito hã? Que herói? Levem-me em ombros até ao vosso líder!

Mas esta não foi a primeira vez que me deparei com centopeias na banheira, daí a minha aversão a este bicho que tem mais pernas só dum lado que eu neurónios no cérebro todo. Eu era pequeno está bem? Não sabia que existiam estes bichos esquisitos. Pior meus amigos, eu já estive na mesma cama que uma centopeia! A culpa é minha que a deixei chegar lá primeiro que eu. Mas não falemos disso que ainda hoje durmo com um olho aberto como os golfinhos à espera que ela ataque outra vez! E aranhas e derivados? Nem digam nada.

Concluindo, foi uma tarde bem passada, com companhia de sua excelência Natureza. Ok, talvez tenha exagerado no tamanho da segunda centopeia. Era capaz de ter só 1 metro, mas ainda assim a história é verdadeira e eu tive realmente a companhia destas duas criaturas que Deus criou. Com que propósito Senhor? Hum? Para que serve este bicho do demo? Para quê tantas patas? Porque é que se reproduz como se não houvesse amanhã? Venha lá tirar isto cá de casa se faz favor. Agradecido.

Na próxima semana, como não ter aulas nos anfiteatros IV e V do DETI acompanhados, exactamente, por essas criaturas de seu nome aranhas. Eu nas aranhas é que não fico, podem ir vocês. Sejam todos amiguinhos delas, força! Mas longe de mim! Shô daqui! (É mentira, eu na verdade não sei sobre o que vou escrever, mas gosto de vos deixar a pensar)